foi mal...

eu estou sempre tão feliz. tudo dá certo. todo mundo percebe a felicidade que transcende olhares, que derruba concreto. e o que há de concreto? o que há por detrás dessa muralha que ninguém consegue alcançar? o sucesso. a ambição leva muitos a crer que ao chegar no objetivo alcançado lá estará o sucesso. bobagem. se o enigma da vida fosse desvendado tão facilmente, por um desejo material ou sentimental, perderia a "graça" perderia o saber amargo ou ácido que nossos momentos fazem questão absoluta de ter.
certeza? só a pergunta já não é certa, cheia de dúvidas, de peripécias. há, porém, quem aguarde, quem espere, quem tenha a paciência do tal jó. e aí sim, sem precipitações ou convicções pode tomar como certa uma decisão. aquilo que pensado e repensado, retomado e refutado pode ser decidido com uma precisão milimétrica, porém não perfeita. é o melhor que o ser humano pode fazer.

eu quero pedir

pro papai noel

-um monte de bunda gostosa, loira gelada e futebol.
-um carro novo, uma casa nova e uma namorada.
-um material escolar pro meu filho que ta doente.
-mais paz na humanidade
-que cuidem mais da natureza

-que parem de me encher o saco com esse monte de luz piscando, gente feliz, shopping cheio e trânsito lerdo. ah, tem também o problema do pós-natal. as crianças ganham umas merdas de uns presentes barulhentos que tornam o dia 25 mais insuportável que os dias de véspera. putz, sem mencionar o terrível contingente de pessoas que ficam se suportando para fingir que o dia de natal é uma data especial que gera paz. acho que isso é o pior, velho gordo. a hipocrisia. bom, mas se puder mandar um diploma da faculdade eu fico grata.

I wish

De vez em quando eu me deparo com a dúvida. ela parece uma criança que brinca comigo de se esconder atrás das mãos ou da parede mais próxima. bonitinha infame.
esses dias as crianças estavam brincando de esconde-esconde debaixo da minha janela. elas berravam e sorriam. e eu não via a menor graça e me irritava e me perguntava se era eu que estava errada ou elas. é assim com a dúvida. sempre me pergunto se é certo ou errado, justo ou injusto. o problema é quando não tenho força para lutar e adivinhar se fiz a melhor escolha.
meu problema é adoecer e achar que o mundo acabou e até sonhar com pessoas compreensivas e amáveis.
não vai ter, não é assim e não vai ser assim. ACORDA! levanta e se toca do seu problema, da sua merdinha de vida. escrever te alivia, me alivia, mas não é tudo. aliás isso não é nada. sentir a mentira que é nati morta... nada que floresce acaba sem sofrer, sem pedir mil vezes perdão, sem chorar e arder e ferver e findar novamente. nada de recomeço, nada de segundas chances, de segundas oportunidades. imensurável prazer de sofrer e como gosto de sentir mal as emoções. até parece.
acaba aqui essa história de luta vã por um nada que não pode continuar. é insana e efêmera a vontade de ser feliz, amada e satisfeita. não... burrice não combina, não dá entende. ou se mata, ou se morre. se escolher a primeira, seja eficiente. se escolher a segunda pelo menos dê o melhor de si.

exaustão

as coisas se repetem, as pessoas são as mesmas os objetivos são os mesmos e eu cansei. cansei de viver essa vidinha normal, cheia de gente normal, com comida normal e bebida normal. cansei de tentar agradar, convencer e melhorar. vou ser eu mesma, ou nem vou ser. só depende se vai ser pago em real ou dólar.