Boquiaberta

quarta-feira, outubro 17, 2007

guerra fria

acho que me distanciei de você. totalmente. percebi que hoje em dia você faz coisas que antigamente não faria nunca. mudou muito, mudou demais. não sei se estou sendo clara mas hoje te vi definhando. fez um mal gigantesco rever você e olhando pelo seu ângulo deve ser pior. deve enxergar um monte de nada perambulando, andando em círculos. sua alegria não depende mais de mim e acho que você percebeu. quando a gente brigou não entendi porque ainda andava comigo. eu não gosto da sua companhia e nunca gostei. você mente e eu sou sincera, você é egoísta e eu altruísta. com certeza os opostos não se atraem. eu te odeio por hoje, mas preciso de companhia e sei disso. e eu sei que você sempre acaba aparecendo, conturbando meu presente e esquecendo que minha vida já criou sentido e não depende da sua existência. inútil monte de tudo. seu potencial me enoja e quero você longe. por enquanto. me queira perto. eu sei que ainda sou um grão de pó seco e letárgico, mas posso me tornar interessante. quero você na vala mas quero que você me queira bem. meus artifícios, minhas maneiras de conseguir coisas podem ser desumanas, cruéis. podem ser... nunca são. não gosto de tristezas, de melancolias e tudo que detesto admitir odiar está sempre ao meu lado. tenho uma espécie de amor a coisas pútridas. uma delas é você. que cruzou meu caminho sem ao menos pedir passagem. agora sustenta meu vício. me mostra amada e ama. de todas as formas possíveis, ama. não foi o que você pediu? eu finjo e você se contenta. você é verdadeiro e eu não consigo acreditar... olha que ironia: a sua sinceridade. tão fraquinha, tão sozinha. bem feito. podre e mulambo vagabundo. meu outro eu.

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